Sempre achei que tinha algo de errado com a história, sempre me questionei o motivo de nunca estudar um nome feminino de real destaque nos textos sobre religião, história e filosofia na escola. Acho que Joana d’Arc é o único nome que consigo me lembrar. Só no segundo grau tive um professor que dava aulas de história de verdade, e thank God, ele foi meu professor nos três anos que estudei naquela escola. Ele despertou em mim uma curiosidade, uma sede de aprender e ver além do que é mostrado ainda maior. Seu nome era Kepler, homem de baixa estatura, barbudo, fumante e voz rouca... Como eu o admirava por todo seu conhecimento e sua incrível capacidade de compartilhá-lo com nós... Nós, alunos de uma escola estadual que éramos olhados por muitos professores com tanto desprezo que nem era preciso dizer uma palavra... Sabíamos o que estavam pensando “Nunca vão ser nada nesta vida”. Kepler nunca pensou assim e lamento informar aos demais... Vocês estavam errados. É só olhar para mim e para todos os outros.
Um dia ele me recomendou que lesse o livro “O Mundo de Sofia” que achei meio chato, eu era adolescente, preferia escuta-lo por horas a ler, me dava muito sono qualquer tipo de leitura nesta época. Mas achei muito interessante quando Sofia indaga sobre a participação das mulheres na filosofia... Juntei meus questionamentos e os dela e levei até o mestre... Kepler. Aí ele me explicou aquilo que nenhum outro professo havia explicado... Como a igreja católica havia deturpado o papel da mulher na sociedade, como havíamos chegado a esta calamidade, este desmerecimento, desprezo e profundo desrespeito pela mulher. Foi neste dia que decidi que não me casaria nunca no papel, jamais vou ser propriedade de homem algum... Não sou escrava para receber o nome do meu dono. Fuck it all!
Acabamos por falar de religião e óbvio, sábio como era me falou de Maria Madalena... Fiquei revoltada com a maneira como a Igreja Católica denegriu a imagem desta mulher...
PAUSA: Quero deixar bem clara uma coisa, quando falo em Igreja Católica, assim como meu mestre estou me referindo à Igreja Católica daquela época, não têm nada a ver com a atualidade. A igreja católica atual até já se desculpou por vários episódios cometidos séculos atrás. Que fique claro!
Na real ela não era prostituta como está escrito na bíblia, que teve seus evangelhos cuidadosamente selecionados para passar a mensagem que a Igreja Católica queria e não essencialmente a verdade. Maria Madalena era uma discípula de Jesus, mulher forte e extremamente inteligente. Segundo estudos, ela e Jesus eram casados. Esta afirmação causa muita polêmica, afinal desmente muitas coisas que nos foram ditas ao longo da vida. Quem se importa se Jesus era casado? Para mim não muda em nada seu papel na história da humanidade. Ele continua sendo que é. Jesus é o cara! Guardo com ele com todo amor e carinho no meu coração!
Voltemos à prostituta que não era prostituta droga nenhuma... Ao que tudo indica, tratava-se uma mulher brilhante, cheia de conhecimentos e que por muitas vezes causava até ciúmes nos demais discípulos. No evangelho de Maria Madalena encontramos até passagens sobre a vida após a morte. Contrariando aquilo que a Igreja Católica pega... Um entre tantos motivos para não encontrarmos este evangelho na bíblia.
O que escrevi hoje está fundamento parte no conhecimento que obtive com meu mestre Kepler, que hoje deve estar discutindo e filosofando com figurinhas como Platão em outro plano que este e parte nas minhas incessantes leituras em busca de mais esclarecimentos sobre as verdades que muitas vezes não querem que esteja acessível a todos.
Alguns links relacionados ao assunto:
Saindo do Matrix
Moacir Sader
Opus Dei
Após muito tempo sem saber sobre o que escrever, finalmente eu já sei... Por isto o blog não vai mais se chamar "Ainda não sei" e sim vai ter o meu nome, como na URL!
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