30 novembro, 2007

Elis Regina Poderosa

Poxa, tava olhando as pastas compartilhadas de música e achei uma com músicas da Elis. Não tenho nenhum Cd dela, mas gosto bastante dela e de suas músicas... Comei a escutar suas músicas e lamentei por sua morte tão precoce. Caramba, a voz desta mulher é poder puro... Saí atrás de mais informações para postar aqui no blog e descobrI que ela foi a primeira pessoa a registrar sua voz como instrumento... E de fato era! Voz gloriosa, cheia de emoção... Ela cantava com muita emoção... Era perfeita! Pena que caiu na bobeira de se drogar, ai danou-se tudo... Lamentável! :-(

A marca da estrela

Cheia de vitalidade nos seus 36 anos, Elis Regina de Carvalho Costa deixou na música brasileira sua marca de estrela. Vinte anos após a morte, ela ainda é considerada a maior cantora que o país já teve. Uma reputação construída arduamente. Elis passou metade da vida em estúdios, distribuindo uma voz impecavelmente afinada por 27 álbuns. Foram exatamente dezoito anos de carreira. Ela era a dona da mais perfei­ta alquimia entre técnica e emoção e vestia a fama como se fosse um daque­les vestidos caros, que, por belos, de­vem ser sempre trocados. A cada vitória ela safa, inquieta, em busca de uma nova parada: “Sempre vou viver como camicase. É isso que me faz ficar de pé”, confessava.

E foram muitos os vôos vitoriosos dessa estrela desde que ela chegou ao Rio de Janeiro, em 1963, com 18 anos e pouco dinheiro na mala. Aquela pe­quena gaúcha de 1,53 m ("Meu proble­ma são 10 centímetros a mais; então es­taria tudo resolvido", dizia) desceu nervosa numa música popular enriquecida pela melodia da bossa nova e empobrecida pela escassez de intérpretes que levava ao reinado uma Nara Leão, desafinada, porém levemente soturna, como se que­ria.

Agitada, chamaram-na "Pimenti­nha". Movendo os braços para cima e para baixo, foi ridicularizada pelo cro­nista Sérgio Porto, que dizia não saber se ela era "uma cantora que nada ou uma nadadora que canta". Havia nela, porém, uma pessoa enérgica, inquieta e, acima de tudo, uma cantora afinada. Não conseguiu ancorar-se num gênero que lhe garantisse o sucesso comercial, como sucedeu a Maria Bethânia no mo­delo "amor inesquecível". Muito me­nos agarrou-se à repetição de adoráveis recursos, como fazia Roberto Carlos. Fal­tou-lhe a alegria contagiante de Gal Costa e o pique de Rita Lee. Mas tinha algo que faltava a todos e, por isso, quando se procura a voz daquela época, ela está num disco de Elis.

Nascida em Porto Alegre em 17 de março de 1945, Elis começou a cantar em um concurso mirim no Clube do Guri, programa de uma rádio da cidade. Seu primeiro contrato profissional só viria em 1959, quando se apresentou na Rádio Gaúcha de Porto Alegre no programa de Maurício Sobrinho. Um ano depois, gravaria o primeiro compacto simples pela gravadora Continental: Dá Sorte e Sonhando. Sem abandonar os estudos, continuou a profissão de cantora com o lançamento do seu primeiro LP, Viva a Brotolândia, em 1961. Em 1963, Porto Alegre ficou pequena para a voz de gigante de Elis e ela parte para o Rio de Janeiro. E foi assim que o resto do Brasil teve a sorte de conhecê-la. Em abril de 1965, ela conhece o sucesso ao ganhar o I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, com a música Arrastão, de Edu Lôbo.

Logo em seguida foi contratada pela TV Rio e passou a trabalhar ao lado de Jorge Ben, Wilson Simonal e outros. Depois, gravou Dois na Bossa ao lado de Jair Rodrigues, um de seus maiores parceiros. Ao lado também de Jair apresentou um dos programas musicais mais importantes da música brasileira, O Fino da Bossa, que estreou em 1965 na TV Record. A partir daí a carreira solo de Elis decola.

Começou a gravar canções de compositores que se tornariam consagrados como Milton Nascimento, Belchior e Renato Teixeira. Em 1969, fez vários shows em capitais européias. Nos Estados Unidos, ficou popular com o disco Elis e Tom, de 1974. No ano de 1979 participou do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, e gravou um de seus maiores sucessos, O Bêbado e a Equilibrista, de Aldir Blanc e João Bosco, dupla que lhe forneceria inúmeros sucessos, como Caçador de Esmeraldas, Mestre-sala dos Mares e Dois pra Lá, Dois pra Cá. No começo da década de 1980, experimentou o sucesso nos palcos. Em 1982, no auge da carreira e planejando mais um disco, Elis Regina Carvalho da Costa morreu, deixando um legado importantíssimo para a música brasileira.

Fonte: Veja

Um comentário:

Anônimo disse...

ela é (era) ótima!!!

mas... voz (qando utilizada para o canto) É instrumento. tá certo.

Fungole.com: Try my best

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